O
número de mortes causadas por acidentes em redes elétricas teve queda
de 3,7% ao ano, nos últimos dez anos. Em 2001, foram 381 pessoas mortas
por eletrocutamento. Em 2011, o número caiu para 315. Caso fosse
mantida a projeção do início da década, seriam 427 casos – 112 a mais.
Os dados são da Associação
Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), que promove
a partir de hoje (13) a 7ª Semana Nacional da Segurança da População
com Energia Elétrica.
De acordo com a associação,
as principais causas dos acidentes com energia elétrica estão
relacionadas a áreas de construção e manutenção (82 mortes), ligações
clandestinas (60) e cabos energizados ligados ao solo (29).
O estado que registrou o maior número de mortes no ano passado foi Minas Gerais (13), seguido por São Paulo (11).
Para o presidente da
Abradee, Nelson Fonseca Leite, o maior desafio é a regularização de
ligações e a adequação das linhas de transmissão aos padrões, para
aumentar a segurança e reduzir as perdas comerciais.
A associação decidiu
realizar uma campanha destinada a conscientizar a população sobre o uso
de máquinas agrícolas, manuseio de antenas de televisão, utilização na
construção civil, em relação a ligações clandestinas e com pipas. Foi
lançada cartilha explicativa que será entregue em escolas, canteiros de
obras e associações comunitárias.
Segundo o chefe da unidade
de queimados do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), Mário Frattini,
as vítimas de eletrocutamento correspondem a 10% do total dos casos de
internação por queimaduras. São cerca de 25 pessoas entre 250 pacientes
por ano. Geralmente, as lesões que atendemos são em pessoas
despreparadas, que fazem serviços terceirizados e não têm treinamento”,
disse.
O médico explica que “essas
queimaduras são as mais graves, podem levar à amputação e muitas vezes
ocorrerem ao mesmo tempo com politraumatismos, devido a quedas. A
corrente elétrica se propaga pelos tecidos, músculos, vasos e nervos e
causa queimaduras mais profundas, em órgãos internos, devido à alta
temperatura.”
O representante da
Companhia Energética de Brasília (CEB), Reinaldo Lima Rosa, informou
que, em 2012, foram registrados quatro mortes relacionadas à rede
elétrica – duas na construção, uma com antenas e outra resultante de
ligação clandestina. Em 2011, foram cinco mortes. “A educação é o
melhor meio de se melhorar esses índices de acidentes”, disse Rosa.
O médico Mário Frattini
alertou para a necessidade de a vítima receber o correto atendimento
após um acidente com rede elétrica. Segundo ele, não se deve prestar
socorro sem seguir normas de segurança, daí a necessidade de chamar o
Corpo de Bombeiros e a distribuidora de energia.
No caso de acidentes
domésticos, deve-se desligar a chave-geral de energia ou afastar a
vítima do local por meio de objetos isolantes, como madeira, couro ou
borracha. Não se deve usar nenhum tipo de produto sobre a lesão, mas
proteger o local com um pano limpo e seguir para o hospital. Caso haja
fogo no corpo, o médico orienta que as chamas sejam apagadas com água.
Fonte: Agência Brasil
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