Work Safety - Segurança e Meio Ambiente

Anseio nada mais é que a angústia que os trabalhadores sentem em relação ao trabalho, os seus medos, as suas ansiedades, esse sofrimento que está relacionado ao ambiente de trabalho, da dificuldade na execução e no melhor entendimento e consecução das tarefas.

 

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas para garantir o trabalho adequado, visando minimizar a ocorrência dos acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade funcional do trabalhador.

 

A busca desenfreada por resultados crescentes para a obtenção de maior produtividade e lucros nas empresas, visando sua sobrevivência no mercado ou o seu crescimento diante da competitividade acirrada, faz com que o trabalhador esteja sob constante pressão. Estas circunstâncias, na maioria das vezes, não são favoráveis à realização do trabalho. A vida assim se torna árdua e proporciona sofrimentos diversos, decepções e metas difíceis de serem alcançadas, podendo gerar algum tipo de doença ocupacional.

 

São múltiplos os fatores de risco que podem causar doenças ocupacionais, sendo predominantes às condições de exposição oferecidas pelo ambiente de trabalho, tais como: físicos (por exemplo, excesso de ruídos), químicos (presença de gases poluentes), biológicos (contato com microorganismos), ergonômicos (postura inadequada) ou psicossociais (falta de orientação e supervisão, falta de treinamentos), entre outros.

 

Os estressores ocupacionais estão frequentemente ligados à organização do trabalho, tais como: pressão para produtividade; retaliação; condições desfavoráveis à segurança no trabalho; indisponibilidade de treinamento e orientação; relação abusiva entre supervisores e subordinados; falta de controles sobre a tarefa; ciclos trabalho-descanso incoerentes com limites biológicos. As doenças ocupacionais mais comuns são LER/DORT, (Lesão por Esforços Repetitivos e Distúrbio Osteomuscular Resultante do Trabalho), estresse, depressão, e doenças de fundo emocional, entre outras.

 

Algumas mudanças na estrutura organizacional, na melhoria das condições de trabalho, treinamento e desenvolvimento para a motivação, como a participação e autonomia no trabalho, além da melhora n relacionamento com os outros colaboradores, são fatores que auxiliam em um melhor ambiente de trabalho. Associando-se a isso aparecem também o incentivo aos exercícios físicos, à ginástica laboral, os programas de exercícios físicos e alongamentos, bem como os programas de alimentação saudável, saúde, segurança, desenvolvimento e aperfeiçoamento profissional.

 

Hoje, além do conhecimento técnico, o grande diferencial é a motivação e o comprometimento com o trabalho, que tem necessariamente uma relação direta com a satisfação. A insatisfação, baixa tolerância a fracassos e a percepção de não ter respeitada a dignidade e os seus anseios profissionais, aparecem como fatores relacionados à baixa remuneração e um ambiente de trabalho ruim.

Como uma das consequências dessa insatisfação pode surgir o estresse, entre outros aspectos, em decorrência das pressões, onde o grau ocupacional é elevado, o poder de decisão é baixo e o colaborador não tem a percepção da importância de seu trabalho. 

É neste ponto que se insere a preocupação da indústria com a saúde e a qualidade de vida de seus trabalhadores, que deve ter como espinha dorsal inicial a educação contra as drogas, tabagismo, alcoolismo, Ler/Dort e prevenção de doenças em geral.

 

O conceito de saúde vai muito além da ausência de doenças, englobando o estado de bem-estar interior e de satisfação pessoal, considerados quase que sinônimos de felicidade e qualidade de vida. Os trabalhadores precisam ser estimulados a obter uma alimentação saudável, praticar regularmente exercícios físicos, ausência de hábitos nocivos e o bem-estar interior, relacionado com relações sentimentais e vida sexual saudável, são os quatros pilares a considerar para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores.

 

As empresas que adotam esse tipo de postura possibilitam o crescimento individual e coletivo dos colaboradores e de seus familiares, proporcionando o melhor ambiente de trabalho possível para que possam desenvolver suas capacidades e potencialidades. Na empresa onde a saúde e o bem-estar de seus funcionários fazem parte das principais preocupações internas, há uma valorização do ser humano, criando oportunidades de desenvolvimento, ambiente de trabalho adequado, tarefas com sinergia e avaliação de valores pessoais. E para se adaptar a essa nova realidade, o colaborador precisará de uma visão mais abrangente do futuro, maior flexibilidade e adaptabilidade.

 

Para implantá-la dentro de uma empresa é preciso estimular a cooperação e a criatividade, mudando a política do sucesso, que premia o individualismo e a prática de uma competição destrutiva. Deve-se estimular a consciência de que o trabalho realizado é o melhor que poderia ter sido feito naquelas condições de trabalho e com os recursos disponíveis no momento. Um bom exemplo deste tipo de programa é aquele que enfoca, através de campanhas de comunicação, a conscientização e sensibilização para melhoria do estilo de vida e realização de atividades que proporcionem e estimulem o envolvimento do trabalhador e familiares em atividades saudáveis, tanto do ponto de vista físico como emocional.

 

Entre as ações quem podem ser aplicadas estão a oficina de teatro, programas de saúde assistenciais, preventivos e educativos, política de segurança no trabalho, fortalecimento de laços com colaboradores externos, grupos de suporte comunitário e programas de apoio pessoal. Isto além de investir em educação continuada e atividades de tai-chi-chuan, yoga, coral, vivências em grupo, ginástica, palestras e outros afins. Todas essas ações têm como principais objetivos: criar hábitos e responsabilidade sobre a saúde integral; reforçar a habilidade de trabalhar em time e criar oportunidades de crescimento pessoal/profissional, melhorando a qualidade de vida de seus colaboradores e, consequentemente, a própria empresa.

 

Os indicadores utilizados para medirem os resultados das ações nas áreas de cultura, lazer, saúde, alimentação e obras comunitárias são a redução do índice de absenteísmo e do custo do plano de assistência médica, AFR (indicador de acidente de trabalho) e inclusão dos trabalhadores com pesquisa de satisfação nas atividades práticas do programa.

 

A ênfase na geração de postos de trabalho pode contribuir de modo significativo para elevar o nível de desenvolvimento humano, sobretudo quando essa geração está associada às outras dimensões do trabalho decente. São elas: ausência do trabalho infantil ou forçado; nível adequado de remuneração; formalidade e acesso à proteção social; respeito aos direitos no trabalho, inclusive os relativos à livre organização sindical e à possibilidade de negociar coletivamente o contrato e as condições de trabalho; oportunidades iguais de acesso ao emprego e às ocupações de mais qualidade e mais bem remuneradas, independentemente do sexo, da cor, etnia ou outros atributos (conforme informação contida no relatório intitulado Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Decente – A experiência brasileira recente).

Existe a probabilidade (95%) de haver relação positiva entre nível de emprego e expectativa de vida, que também faz parte do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Brasil, e relação negativa entre expectativa de vida de excesso de horas trabalhadas. Níveis mais elevados de emprego dão a segurança (e possivelmente os recursos) necessária para que uma família possa proporcionar melhor educação aos seus filhos. Ao mesmo tempo, é provável que uma população mais educada consiga melhores colocações.

Assim, níveis de ocupação mais elevados põem um número maior de pessoas na posição de poder gastar mais com o tratamento de enfermidades ou simplesmente levar uma vida mais saudável. Também podem dar mais proteção e educação aos filhos, como também aos recém-nascidos. Por outro lado, é óbvio que uma pessoa adulta, com mais saúde, tem mais facilidade de trabalhar e de encontrar uma colocação no mercado de trabalho.