Estudo caso-controle, divulgado pelo periódico Occupational & Environmental Medicine, avaliou uma coorte de 18.500 mulheres nascidas entre 1929 e 1968 para investigar o risco de câncer de mama após período de trabalho noturno e explorou o papel do lazer, da exposição ao sol, do tempo de trabalho noturno e a preferência diurna.

Os autores documentaram 218 casos de câncer de mama (1990-2003) e selecionaram 899 controles. Informação sobre trabalho por turnos, hábitos de exposição solar, preferência diurna e outros potenciais fatores de confusão foram obtidos a partir de um questionário estruturado.

Em geral, os autores observaram que o câncer de mama tende a aumentar com o número crescente de anos de trabalho no turno da noite (p = 0,03) e com o número cumulativo de turnos (p = 0,02), com um risco neutro para menos do que três turnos noturnos por semana. O efeito mais pronunciado do trabalho noturno sobre o risco de câncer de mama foi observado em mulheres com preferências diurnas, mas que trabalham à noite de maneira intensa. Trabalhadoras do turno da noite tendem a tomar banhos de sol com mais frequência do que aquelas que trabalham durante o dia.

Os resultados indicam que o trabalho noturno frequente, intenso e por longo prazo aumenta o risco de câncer de mama. Mulheres com preferências diurnas que trabalhavam em turnos noturnos tendem a ter um maior risco do que aquelas com preferência pela noite.

Fonte: Occupational & Environmental Medicine

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