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Engenheiro João Peri, auditor Cícero Berngsen e procuradores Noedi e Philippe |
Força-tarefa do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) estiveram, na tarde dessa quarta-feira, 26, no
canteiro de obras da futura Penitenciária Estadual Masculina de Guaíba,
localizada na BR 116, km 303. Durante a fiscalização, o engenheiro
responsável pela obra, João Peri, foi comunicado que a interdição das
instalações elétricas da obra foram mantidas. Em março, a empresa
Portonovo Empreendimentos e Construções Ltda. já havia sido notificada
sobre os problemas, mas as adequações necessárias não foram feitas. O
grupo foi formado pelos procuradores do Trabalho Philippe Gomes Jardim e
Noedi Rodrigues da Silva, coordenador nacional e regional,
respectivamente, da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente de
Trabalho (Codemat) do MPT, mais o auditor-fiscal do Trabalho Cícero
Farias Berngsen, do MTE.
A empresa, de Cachoeirinha, por intermédio do técnico em
segurança do Trabalho Edson Scotti Martini, recebeu - do MTE - termo de
notificação 30424/72205 para "informar aos trabalhadores os riscos
ocupacionais presentes nos locais de trabalho", conforme Norma
Regulamentadora 01 (NR 1). Com prazo imediato, deve retirar ou rebater
pregos e arames no ato da desforma, fechar aberturas no piso, limpar o
canteiro e desimpedir os acessos, isolar todos locais de içar materiais,
proteger pontas verticais de vergalhões e adequar empilhamento de
materiais. O técnico também recebeu - do MPT - notificação
recomendatória sobre a NR 35 destina-se à gestão de segurança e saúde no
trabalho em altura, estabelecendo requisitos para a proteção dos
trabalhadores aos riscos em trabalhos com diferenças de níveis, nos
aspectos da prevenção dos riscos de queda. A NR 35 entra em vigor nesta
quinta-feira, 27.
De acordo com o procurador do Trabalho Noedi Rodrigues
da Silva, a interdição só ocorre quando há risco grave e imininente aos
trabalhadores, como é o caso de Guaíba. “A instalação elétrica precisa
de um estudo e um projeto de um engenheiro elétrico, o que nesse caso do
presídio não temos”, explicou. Além da parte elétrica, ainda foram
encontradas irregularidades nos acessos de uma obra à outra, falta de
proteção e materiais depositados de forma irregular. Conforme o
representante da empresa, haveriam 60 trabalhadores na obra.
A Força-tarefa fiscaliza, de 24 a 29 de setembro,
canteiros de obras em vários municípios. A ação integra a "Semana da
Construção Civil", que é realizada pelo MPT em todo o Brasil e tem como
foco a segurança. As operações objetivam verificar se o meio ambiente de
trabalho no setor apresenta inadequações com possibilidade de gerar
riscos graves e iminentes aos trabalhadores, como soterramento, quedas
de altura e choques elétricos, dentre outros. O "Programa Nacional de
Combate as Irregularidades Trabalhistas na Indústria da Construção
Civil" do MPT visa à redução dos acidentes do trabalho, com ênfase para
os segmentos de atividade econômica com maior ocorrência de acidentes.
São realizadas inspeções constantes nas obras para averiguar o
cumprimento das normas de segurança e saúde no trabalho.
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Técnico em segurança do trabalho Edson Martini assina notificação do MPT | | |
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Empresa deve limpar o canteiro e proteger pontas verticais de vergalhões | | |
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Imprensa acompanhou trabalho da força-tarefa | | |
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Trabalhadores não usavam luvas, apesar do aviso para sua segurança | |
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Calçado de proteção usado por trabalhador da obra |
Fonte: MPT -RS
Texto e fotos: Flávio Wornicov Portela (reg. prof. MTE/RS 6132)
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